"O homem tem apenas duas opções na vida: lutar por aquilo que ama e acredita, ou buscar desesperadamente justificativas para ser medíocre..."

by Daniel de O. Araújo

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Cicatrizes...

Uma das coisas interessantes que o tempo te ensina é como lidar com a vida, e o tempo me ensinou a não desmoronar jamais. Eu sempre vou cair, mas jamais ficarei caído no chão, por pior que sejam minhas feridas.
Uma vez ouvi dizer que a vida é como atravessar um desfiladeiro com balas de todos os lados, e a cada passo que você dá nesse desfiladeiro, existe sempre a chance de ser atingido. Se você for atingido e ficar parado, obviamente será um alvo mais fácil, por isso é melhor andar, mesmo estando ferido.
A maioria das feridas se curam com o tempo e deixam apenas marcas, cicatrizes. Essas cicatrizes vão fazer com que você sempre se lembre o quanto foi ferido, mas também vão sempre dizer que você foi capaz de continuar de pé e prosseguir.
Portanto, se quiserem me abater, é melhor acertar logo um tiro de escopeta na minha cabeça!

by Daniel de O. Araújo

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Biofísica dos relacionamentos

Os relacionamentos podem dar certo ou errado, e esses dias, estudando, eu percebi que existe uma lógica neles que pode ser comparada à biofísica dos sistemas.
Quando o relacionamento dá certo, ele é estável, ou seja, possui homeostase. A estabilidade de um relacionamento depende de vários fatores como: diálogo, compreensão e sentimentos mútuos. Esses fatores que fazem o relacionamento dar certo são os mecanismos alostáticos, que mantém a homeostase do sistema.
Em alguns casos, porém, existe algum fator estressante que afeta a homeostase (estabilidade) e para mantê-la são utilizados, de forma intensa, os mecanismos alostáticos, que demandam energia, e em excesso se tornam patólogicos. Aí é quando o relacionamento começa a dar errado e consumir a nossa energia tentando salvá-lo.
Quando os mecanismos alostáticos saem do nosso controle e gastam toda nossa energia, temos duas opções: continuar com eles e sermos destruídos (continuar em um relacionamento que está dando errado) ou usar os mecanismos de feedback negativo (nossa conciência) para reconhecer o excesso deles e pará-los (parar de tentar salvar um relacionamento perdido).
Os relacionamentos ainda seguem a regra dos fatores estressantes do meio, ou seja, ao serem submetidos a algum fator estressante, eles se transformam: se adaptando ou se destruindo.
No caso dos relacionamentos dando errado, eles poderiam utilizar mecanismos alostáticos inteligentes que se adaptassem melhor ao estresse, agindo na quantidade certa e no tempo certo. Assim, com mecanismos alostáticos inteligentes, o sistema se adaptaria, ou seja, o relacionamento seria salvo...
by Daniel de O. Araújo

sábado, 27 de novembro de 2010

Por que fazer medicina?

Eu me faço essa pergunta com muita frequência nos últimos dias, eu sinceramente tento buscar uma resposta pra ela. Minha dúvida na verdade não é "Por que fazer medicina?", mas "por que eu faço medicina?".
"Por que fazer medicina?" é uma pergunta que é relativamente fácil de responder, afinal é uma profissão que reune tantos atrativos que é impossível não encontrar algum que te atraia. Você pode fazer medicina por motivos nobres como cuidar dos enfermos e fazer a diferença para outro ser humano, ou até por motivos mais fúteis como encher o bolso de dinheiro e ficar rico. São tantas opções...
Agora, "por que eu faço medicina?" é uma pergunta muito forte que condensa todas as minhas incertezas e convicções ao mesmo tempo. Eu faço isso pelos meus motivos, alguns nobres, outros nem tanto, mas no fundo são eles que me movem nessa jornada. Uma jornada que em muitos momentos me leva a pensar e descobrir coisas sobre mim mesmo.
Se você esperava que eu desse uma resposta pra minha pergunta inicial, desculpe, eu ainda estou procurando. Eu só sei que estou cada vez mais perto de descobrir, afinal todo ser humano é movido por um desejo interno de responder suas próprias perguntas, e fazendo medicina eu começo a responder muitas das minhas...

by Daniel de O. Araújo

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Eu escolho o amor

Como seu eu não soubesse o quanto o amor é complicado, o quanto ele pode nos ferir e nos magoar. Mas por que insistimos em jamais desistir dele? Por que é tão difícil viver sem ele?

Primeiro porque não escolhemos quem vamos amar, ou quando vamos amar; segundo porque os momentos bons compensam totalmente os ruins; e terceiro, porque é impossível desistir de algo que dá tanto sentido as nossas vidas.

Posso parecer tolo, mas mesmo assim não tenho coragem de desistir dele, não ainda. Mesmo que amar me magoe e me consuma completamente, eu tenho que pensar que o amor pode suportar a isso, porque eu simplesmente não estou pronto pra desistir tão fácil. Algo tão intenso não pode ser esquecido assim, sem nem ao menos lutar por ele.

Talvez o tempo seja o grande teste da vida para o amor, porque só resiste ao tempo o que é forte, sólido. As coisas fracas morrem com o tempo, se perdem com ele. Só o tempo apresenta a você os caminhos e permite que você faça suas escolhas, que realmente vão definir seu destino e quem você é.

Eu dilacerei muitos pedaços de mim em intensas paixões, eu perdi muitas palavras não ditas em longos silêncios, mas nada disso me fez perder a esperança. Eu ainda possuo uma pequena chama que insiste em jamais se apagar dentro de mim, e mesmo que ela fique bem pequena em alguns momentos, ela sempre resiste.

Eu não tenho controle do tempo, nem sei o que o futuro reserva pra mim. Tudo que eu tenho são minhas escolhas, e eu decido, mais uma vez, escolher o amor. Espero estar fazendo a coisa certa...

by Daniel de O. Araújo

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

O silêncio das almas...

Prepotentes são aqueles que se julgam os donos da verdade. São pessoas que não aceitam opiniões e as consideram ofensas pessoais. Vivemos em um mundo livre, em um mundo onde deveríamos poder nos expressar livremente, usar nossos argumentos, defender nossos valores e ser quem nós somos.
A ignorância é a total inércia do espírito humano, que deixa de buscar as reais verdades em detrimento daquilo que é mais fácil aceitar: doces mentiras. O fato é que no fundo o mundo não está nem aí para os valores; desde que a vida seja mais fácil sem eles, eles são descartáveis.
Houve um tempo em que tudo que um homem tinha era a própria honra, e lutar por ela era seu maior objetivo. Houve um tempo em que pessoas morreram defendendo suas idéias. Hoje, apesar de nossa inteligência, tudo que temos é nossa própria ignorância.
Um mundo onde inteligência não vem acompanhada de sabedoria é um mundo que se move de forma estática. Sabedoria exige mais do que apenas conhecimento: exige humildade e respeito. Temos que ser muito humildes para aprender as lições da vida e compreender as pessoas ao nosso redor, afinal mesmo os menores podem ensinar grandes coisas.
O silêncio esconde muitas palavras que às vezes deveriam ser ditas, palavras que poderiam poderiam ecoar profundamente em nossas almas adormecidas. Liberdade é a consciência de fazer o que deve ser feito, ou seja, agir na hora certa, antes que seja tarde demais...

By Daniel de O. Araújo

sábado, 30 de outubro de 2010

Inesperado...

O inesperado é aquilo que o nosso pensamento consciente ou inconsciente é incapaz de imaginar, é aquilo que transcende nossas mentes programadas. O inesperado é aquilo que vem quando não acreditamos que virá, é aquilo que nos surpreende.
O inesperado trás emoções fortes e reações misteriosas. É algo que tem uma grande capacidade de marcar e às vezes de nos fazer refletir. Ele é algo que independe de nós pra acontecer, mas cujo desfecho sempre depende de nossas escolhas.
Inesperadas são as surpresas das vida, que a cada dia dão sabor a ela. Incríveis são as pessoas inesperadas, que nos marcam inesperadamente.

by Daniel de O. Araújo

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Acordando...

Eu abdico do meu amor por você e assim abdico de meu amor próprio, porque eu sei que eu não sou o cara que você procura, apesar de ter a certeza de que você é a mulher dos meus sonhos.
Você me faz feliz, me completa, mas eu sou só mais um na sua vida. Alguém que divide um pequeno espaço em um quarto cheio de tantos outros. Você é uma mulher marcante, e eu apenas uma pessoa substituta.
Eu sou um especialista em fugas, sempre fugi, e sei que posso fugir disso agora. A única coisa que me preocupa é que nessa fuga eu talvez perca um grande pedaço de mim. Um pedaço que um dia possa fazer falta quando eu não precisar mais fugir.
Não sei mais se amores são eternos depois de tantos amores perdidos. Amores que se tornaram doces lembranças, após terem me ferido e deixado profundas cicatrizes.
E tudo que eu tenho são palavras ao vento e esperanças vagas que um dia esses amores ocultos e contidos possam ser uma realidade, e não apenas um sonho que desaparece cada vez que eu acordo.

by Daniel de O. Araújp