Os relacionamentos podem dar certo ou errado, e esses dias, estudando, eu percebi que existe uma lógica neles que pode ser comparada à biofísica dos sistemas.
Quando o relacionamento dá certo, ele é estável, ou seja, possui homeostase. A estabilidade de um relacionamento depende de vários fatores como: diálogo, compreensão e sentimentos mútuos. Esses fatores que fazem o relacionamento dar certo são os mecanismos alostáticos, que mantém a homeostase do sistema.
Em alguns casos, porém, existe algum fator estressante que afeta a homeostase (estabilidade) e para mantê-la são utilizados, de forma intensa, os mecanismos alostáticos, que demandam energia, e em excesso se tornam patólogicos. Aí é quando o relacionamento começa a dar errado e consumir a nossa energia tentando salvá-lo.
Quando os mecanismos alostáticos saem do nosso controle e gastam toda nossa energia, temos duas opções: continuar com eles e sermos destruídos (continuar em um relacionamento que está dando errado) ou usar os mecanismos de feedback negativo (nossa conciência) para reconhecer o excesso deles e pará-los (parar de tentar salvar um relacionamento perdido).
Os relacionamentos ainda seguem a regra dos fatores estressantes do meio, ou seja, ao serem submetidos a algum fator estressante, eles se transformam: se adaptando ou se destruindo.
No caso dos relacionamentos dando errado, eles poderiam utilizar mecanismos alostáticos inteligentes que se adaptassem melhor ao estresse, agindo na quantidade certa e no tempo certo. Assim, com mecanismos alostáticos inteligentes, o sistema se adaptaria, ou seja, o relacionamento seria salvo...
by Daniel de O. Araújo